Cursos de Pós-graduação
Esse curso tem como desejo olhar para a escrita no que ela possui de gesto. No que ela conserva de inscrição, de ruptura, de marca em uma superfície (que pode ser papel, tela do computador, parede, pedra, argila, corpo etc.). Produzimos notações cotidianamente. Algumas partilháveis outras não. Quando queremos dar ênfase a algo que queremos comunicar, batemos a caneta no papel repetidas vezes. São traços, linhas, riscos, espaçamentos, quebras, rasuras, setas, sulcos, desvios de rotas que também abrem caminhos de sentido, ou seja, a projeção enigmática de nosso próprio corpo, como afirmou Barthes (1976, p. 206) em direção ao outro e a nós mesmos. Gestos da escrita são gestos que emergem no próprio acontecimento da escrita, cuja finalidade não é somente a economia do verbal, do significado, mas a transposição de um corpo em movimento num conjunto de signos partilháveis.
Aqui, entraremos no terreno da escrita como experiência. Pois o gesto tem como característica o irromper com o percurso rotineiro dos movimentos e não se preocupa com uma comunicabilidade prévia. A escrita como gesto torna-se um convite a atentar aos sentidos que emergem no próprio ato da escrita, a escutar a fricção por entre as palavras, os suportes e as ferramentas. A aposta é a de que não se sai indiferente desse encontro.
Pois, quando olhamos para as narrativas acerca do que chamamos de civilização, podemos nos dar conta que a escrita não foi inventada. Foi praticada. E são muitas práticas distintas, que não nasceram em uma localidade específica. Escrever não abarca um conceito e um sistema único, linear. Trata-se uma composição entre narrativas, gestos, soluções de suportes, instrumentos, línguas, lugares e as necessidades de interação locais.
Podemos afirmar que o gesto da escrita possui um caráter de atualização, tanto para aquele que o realizou (escreve) quanto para aquele que realiza em si (lê). O gesto de escrita nos presentifica e nos evoca um dizer territorial, topológico.
Nesse curso vamos percorrer o gesto da escrita por meio de leituras, da produção de narrativas de si, partilhas de processos de criação de diferentes textualidades na busca de dar a ver o nosso próprio gesto de escrita, a partir da paisagem em que cada um está.
A aposta é no acompanhamento do gesto de cada escrita, gesto esse que se sustenta em diferentes gêneros e sem distinções entre o que chamamos de ficção e de não-ficção. Criaremos proposições e percursos de escrita com o desejo de que este fazer seja uma prática diária. Uma prática também de escuta de si e do mundo. Um trajeto que se faz fazendo.
O curso de pós-graduação A Natureza que somos é um convite a um aprofundamento do entendimento sobre quem somos e como agimos no contexto subjetivo, sócio-cultural e cósmico. Como entender nossa participação no mundo de forma interconectada com todos os demais seres com os quais convivemos neste momento e com todos os que nos antecederam e que, por suas interações, prepararam as condições para que pudéssemos emergir, tal como somos, hoje?
A pós-graduação A Pedagogia das Miudezas na Educação das Infâncias: sobre epistemologias, utopias e teimosias foi idealizada por Bruna Ribeiro após mais de 20 anos de estudos, pesquisas e atuação em prol da escuta, participação e protagonismo infantil e do desejo da construção de uma epistemologia e uma práxis cotidiana mais coerentes com os saberes dos bebês e crianças.
Esse curso tem como desejo olhar para a escrita no que ela possui de gesto. No que ela conserva de inscrição, de ruptura e de marca em uma superfície. Produzimos notações cotidianamente. São traços, linhas, riscos, espaçamentos, rasuras, sulcos, desvios de rotas que também abrem caminhos de sentido, ou seja, a projeção enigmática de nosso próprio corpo (Barthes, 1976, p. 206). Gestos da escrita são gestos que emergem no próprio acontecimento da escrita, cuja finalidade não é somente a economia verbal, mas a transposição de um corpo em movimento num conjunto de signos partilháveis.
O desejo fundamental dessa formação é abrir um espaço de investigação e experimentação com estudo teórico que dá suporte ao fazer. Um coletivo para compartilhar o conhecimento entre criadores de livro ilustrado brasileiros.
O curso tem como objetivo principal introduzir, de forma reflexiva, dialógica e sensível, saberes importantes em relação ao campo das emoções na educação, para que possamos começar a romper com modelos ultrapassados de relações educativas e vislumbrar juntas e juntos caminhos de mudança e revoluções, orientados pelo afeto. Dessa maneira, pretendemos mobilizar, desinstalar e rever crenças, fôrmas e padrões de relações educativas pautadas pela impessoalidade, pela transmissividade, pela homogeneidade e, assim, pela manutenção do status quo. Um tema central no curso são as interações entre educadoras/es e os sujeitos da educação, consideradas as bases sustentadoras de qualquer ação educativa. Assim, as tramas emocionais e afetivas que sustentam e entrelaçam as relações serão trazidas em foco e perspectivas de mudanças. Mudanças perenes vêm de dentro, frutos da conscientização, da conexão com sutilezas, com não-ditos, com o natural da vida e com a coragem de sentir. Assim, o curso que propomos tem como foco uma formação integral do/a educador/a no encontro entre o pessoal e o profissional. A partir do entrelace de saberes diversos sobre as emoções, vamos puxar fios de conhecimentos que favorecem a educadoras/es conhecerem-se e educarem-se a si próprias/os - ou se reeducarem - emocionalmente. É na relação viva e pessoal entre educador/a e educanda/o que acontece o Encontro para educar emocionalmente - e somente educamos com inteireza o que aprendemos.